Brasília - O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na noite deste domingo, que a previsão do governo federal é que o número de mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil não supere a quantidade de óbitos causados pela gripe H1N1, que, segundo o presidente, foram 800. Na sua fala em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, contudo, não ficou claro a que período ele se referia para citar este último número.
Na atualização mais recente feita pelo Ministério da Saúde a respeito do número de casos e mortes pela Covid-19 no país, feita na tarde de ontem, o Brasil já tem 1.546 casos de pessoas contaminadas pelo coronavírus e 25 morte. Em relação aos dados divulgados na véspera, são 418 casos a mais, um aumento de 37%, e mais sete mortes, um crescimento de 39%.
Bolsonaro afirmou que a população brasileira não deve entrar em pânico com a pandemia.
Na atualização mais recente feita pelo Ministério da Saúde a respeito do número de casos e mortes pela Covid-19 no país, feita na tarde de ontem, o Brasil já tem 1.546 casos de pessoas contaminadas pelo coronavírus e 25 morte. Em relação aos dados divulgados na véspera, são 418 casos a mais, um aumento de 37%, e mais sete mortes, um crescimento de 39%.
Bolsonaro afirmou que a população brasileira não deve entrar em pânico com a pandemia.
"Você não pode comparar o Brasil com a Itália. Você sabe quantos habitantes temos por quilômetro quadrado na Itália? São 200 habitantes por quilômetro quadrado", disse. "No Brasil, são 24 (habitantes por km²), há uma diferença enorme entre esses países". Ele prosseguiu comentando que "esses vírus acontecem ao longo do tempo no mundo todo".
Medidas
Perguntado sobre medidas destinadas a empresas e trabalhadores, o presidente citou o não recolhimento da parcela federal do Simples, linhas de crédito, o adiantamento das duas parcelas do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS e uma linha de crédito "enorme" a juros baixos na Caixa Econômica Federal como exemplos de "uma série de medidas vão fazer diferença".
Já sobre o perigo que a Covid-19 representa para áreas pobres com alta densidade populacional, como favelas, Bolsonaro comentou sobre uma comunidade no Rio de Janeiro que tem "um número de tuberculose muito alto".
Perguntado sobre medidas destinadas a empresas e trabalhadores, o presidente citou o não recolhimento da parcela federal do Simples, linhas de crédito, o adiantamento das duas parcelas do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS e uma linha de crédito "enorme" a juros baixos na Caixa Econômica Federal como exemplos de "uma série de medidas vão fazer diferença".
Já sobre o perigo que a Covid-19 representa para áreas pobres com alta densidade populacional, como favelas, Bolsonaro comentou sobre uma comunidade no Rio de Janeiro que tem "um número de tuberculose muito alto".
"Entrando o vírus lá, com toda certeza nessa comunidade vai ter muita gente que vai perder a vida, porque vai ser agravada por esse vírus. O cuidado que tem que ter: evitar a circulação", respondeu.
Uma das tônicas da entrevista foram os ataques de Bolsonaro a governadores, a quem ele chegou a chamar de "exterminadores de emprego". O presidente alegou, no entanto, que não ataca nenhum governador.
Uma das tônicas da entrevista foram os ataques de Bolsonaro a governadores, a quem ele chegou a chamar de "exterminadores de emprego". O presidente alegou, no entanto, que não ataca nenhum governador.
"Nós não podemos politizar isso daqui (o combate à pandemia). Só falei isso (sobre os governadores) porque eles me atacam constantemente", disse.
Panelaços
Alvo de panelaços diários em diversas capitais desde a última terça-feira, Bolsonaro atribuiu os protestos a supostos incentivos pela TV Globo e pela revista Veja. Segundo ele, trata-se de "uma campanha deslavada, descomunal, absurda contra um chefe de Estado que simplesmente teve coragem de cortar propaganda dessas grandes empresas". "Não estou preocupado com a minha popularidade", disse.
O presidente ainda pediu "fé" e "orações" no combate à doença. "Isso passa. Não tem como evitar, no momento não tem vacina, não tem remédio."
Alvo de panelaços diários em diversas capitais desde a última terça-feira, Bolsonaro atribuiu os protestos a supostos incentivos pela TV Globo e pela revista Veja. Segundo ele, trata-se de "uma campanha deslavada, descomunal, absurda contra um chefe de Estado que simplesmente teve coragem de cortar propaganda dessas grandes empresas". "Não estou preocupado com a minha popularidade", disse.
O presidente ainda pediu "fé" e "orações" no combate à doença. "Isso passa. Não tem como evitar, no momento não tem vacina, não tem remédio."
Logo em seguida, porém, Bolsonaro voltou a exaltar os testes para avaliar a cloroquina para tratar a Covid-19. O presidente apontou que a hidroxicloroquina, cujo uso original se destina ao tratamento de malária, artrite e lupus, está em falta nas farmácias. De acordo com ele, a indústria farmacêutica conseguirá repor o medicamento nas lojas "a partir de segunda ou terça-feira".
"Há problemas, mas a Anvisa está em contato com nosso semelhante nos Estados Unidos buscando saber até que ponto o reuquinol (nome comercial da hidroxicloroquina) pode ser constatado como importante para a cura de quem vier se acometer do Covid-19", afirmou.
Desemprego
Ainda na entrevista Bolsonaro afirmou que a crise de emprego originada pela paralisação de boa parte da atividade econômica nos estados é "muito pior do que o próprio coronavírus vem causando no Brasil e pode causar ainda".
"Mais importante que a economia é a vida. Mas nós não podemos extrapolar na dose. Com o desemprego aí, a catástrofe será maior", declarou.